Empresário sonhava em adquirir o conversível há pelo menos três anos. Amigo que vendeu o veículo não aceitou devolução do esportivo. Novo do...
Empresário sonhava em adquirir o conversível há pelo menos três anos. Amigo que vendeu o veículo não aceitou devolução do esportivo. Novo dono usa capacete para se proteger.
O empresário Diego Alexandre passou parte de seus 36 anos de vida pensando no carro dos sonhos. Depois que fez a aquisição mais desejada das últimas três décadas, foi pego de surpresa com um detalhe que o fez viralizar na internet. O paraibano, de Campina Grande, não coube no veículo.
A história começou a 'bombar' no dia 20 de fevereiro, mas teve início há três anos, quando o advogado Eric Silva, de 38 anos, comprou o conversível. Diego se apaixonou pelo automóvel assim que o viu, e pediu que se um dia o amigo resolvesse vendê-lo, o considerasse como o primeiro na lista de interessados.
O dia tão aguardado chegou. Eric precisou de dinheiro para aplicar em um investimento e ofereceu o automóvel para Diego. Sem pensar duas vezes, ele aceitou a proposta, mesmo sem sequer ter feito um teste drive.
“Era um sonho ter uma Mercedes conversível”, contou o empresário.
O pagamento foi feito por meio de uma espécie de troca. Diego entregou a Eric uma Mercedes modelo sedan, ano 2014, que era dele antes da nova aquisição. A diferença entre valores foi acertada em uma quantia em dinheiro, transferida para a conta de Eric.
Antes de ser entregue, o veículo precisou de reparos no ar condicionado e passou alguns dias na oficina. Foi lá que Diego teve uma surpresa tão grande quanto o problema que começou a viver.
Quando entrou no carro, antes de viver o sentimento de realização, o empresário viu que havia algo de errado. Depois de ajustar o máximo possível o banco do motorista, viu que não cabia no veículo com a capota fechada.
“Senti um negócio diferente. Eu passando um pouco do teto do carro”, lembrou.
Na condução do carro, ele passou a ver não somente o que estava em sua frente, mas começou a enxergar o desespero pelo mau negócio que fez.
Imediatamente Diego ligou para Eric, que não se conteve ao ver a foto do amigo dentro do novo possante. Caiu na gargalhada e pediu para encontrá-lo.
A câmera do celular de Eric foi ligada com antecedência para capturar todos os ângulos possíveis a condução de Diego, que quis o dinheiro investido de volta. Mas o vendedor não quis acordo. Disse, inclusive, que há havia gastado parte do pagamento.
“O negócio foi fechado antes dele testar o carro. Até eu não sabia, achava que ele já tinha entrado no carro. Quando eu olhei a foto [enviada por Eric], já comecei a rir, sabe? Ele realmente comprou o carro sem testar e não cabe no carro. Seria cômico se não fosse trágico”, lembrou o vendedor.
Inicialmente, Eric enviou as imagens para um grupo de admiradores de carros esportivos e resolveu tirar um cochilo depois do almoço. Quando despertou, a agonia que Diego transparece no vídeo já havia viralizado na web.
Como Eric não aceitou a devolução do produto luxuoso, Diego está se virando como pode.
“Peguei um capacete que eu tinha, botei na cabeça e sai andando com o carro”, revelou.
Depois da repercussão dos vídeos que os dois têm publicado nas redes sociais, os amigos receberam propostas tentadoras. Mas, não pensam em passar o carro para frente.
Mesmo com toda confusão, eles até andaram se estranhando, mas a amizade de aproximadamente seis anos não foi abalada. Eric disse que vai providenciar um novo carro para o amigo, que vem demostrando paciência, e aceitou a oferta.
“Eric é mesmo que um irmão pra mim, é de casa. Vai dar certo. Se Deus quiser a gente vai finalizar essa história.
Diego até virou celebridade. Nas ruas de Campina Grande ele é reconhecido de longe. Sempre tem alguém que queira garantir uma foto com ele.
Perigo à vista
Ao G1, a equipe de Polícia Rodoviária Federal da Paraíba (PRF-PB) explicou que, teoricamente, Diego não comete nenhuma infração de trânsito dirigindo a nova aquisição.
No entanto, a região dos olhos no condutor, nessa situação, fica vulnerável e causar acidentes.
A estatura de Diego pode, ainda, inviabilizar o uso do cinto de segurança do veículo. Não utilizar o equipamento de segurança é considerada uma infração de trânsito grave.
Texto: Iara Alves, G1 PB
Vídeo: Redes Sociais