Indiciado por feminicídio, ocultação de cadáver e furto de veículo, o acusado de assassinar a radialista Evelyne Ogawa, 38 anos será transf...
O Correio teve acesso aos processos contra ele, e os documentos comprovam que o agressor tem uma extensa ficha criminal por roubo, porte ilegal de arma de fogo, lesão corporal, violência contra a mulher e uso de documento falso. No total, Vinícius acumula 12 processos criminais. Quatro tramitaram no Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Planaltina.
Em 2017, Vinícius foi acusado de agredir uma namorada com quem se relacionou por três meses. À época, a vítima concedeu entrevista ao Correio e relatou as agressões. Consta no processo que o autor confessou ter atingido a vítima “sem querer” com o cotovelo no nariz, depois de ela afirmar que queria terminar a relação.
Na versão dele, a vítima não teria aceitado o fim do namoro e teriado partido para cima dele, dando tapas no braço de Vinícius. Depois disso, ele disse ter trancado a mulher no quarto e jogado a chave no corredor, impedindo-a de sair do cômodo, motivo pelo qual foi indiciado por cárcere privado. A vítima só conseguiu sair do cômodo após policiais arrombarem a porta.
A versão foi a mesma contada em depoimento aos policiais da 26ª DP sobre a morte de Evelyne. No dia do crime, na sexta-feira (26/3), ela e Vinícius saíram de casa em um Peugeot preto, às 14h30, para buscar um pagamento por comissão, na empresa onde a radialista trabalhava. O veículo foi emprestado ao casal pela irmã da vítima, pois, segundo familiares, os dois estavam sem carro.
Por volta das 17h, Evelyne enviou uma mensagem à mãe, dizendo que havia recebido o dinheiro, no valor de R$ 2.785. Durante o interrogatório, Vinícius contou à polícia que ele e a companheira visitaram amigos até as 21h30 e, na volta para casa, discutiram. O motivo seria o rompimento da relação.
“Na versão dele, os dois brigaram porque ele queria terminar, mas ela não aceitava”, disse o delegado-adjunto da 26ª DP, Rodrigo Carbone. Ainda segundo o depoimento do agressor, a vítima teria ido tomar banho e, em seguida, pegado uma faca na cozinha. Ele contou à polícia que, para se defender, desarmou e estrangulou Evelyne com um fio elétrico até matá-la. A polícia, no entanto, não confirmou a versão. “É prematuro dizer que essas discussões existiram. Ainda investigaremos”, completou o delegado.
Fonte: Correio Braziliense