Depois de quase um ano de pandemia muitas são as histórias vivenciadas pelos profissionais de saúde que estão na linha de frente contra o ...
Depois de quase um ano de pandemia muitas são as histórias vivenciadas pelos profissionais de saúde que estão na linha de frente contra o vírus Sars-CoV-2. Trabalhando há oito anos na área da saúde e desde 2016 na Clínica Médica do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Juliana Bento da Cunha, de 32 anos, uma Heroína da Saúde, dedica boa parte do seu dia a cuidar de pacientes com Covid-19.
A médica entrou na luta contra o vírus desde março de 2020, quando o Hran tornou-se referência para atender pessoas infectadas pelo coronavírus. “Um dos principais desafios é manter o atendimento adequado, evitando se contaminar, contaminar colegas, familiares e outros pacientes”, avalia.
Apesar do trabalho árduo, Juliana não contraiu a doença, e os familiares que se contaminaram tiveram a forma leve. Ela conta que não perdeu ninguém da família para o vírus, mas perdeu alguns pacientes e um colega de trabalho que era técnico de enfermagem. “Foram perdas bastante sentidas”.
De acordo com a médica, todos profissionais de saúde, dos diversos setores como, técnicos de enfermagem, técnicos de laboratório, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, médicos, farmacêuticos, auxiliares de limpeza, maqueiros e seguranças são elementos-chave no cuidado dos pacientes com Covid-19.
“Dedicam-se diariamente a fazer o seu melhor para ajudar cada vez mais. Sem o trabalho de cada um as perdas durante os últimos meses teriam sido muito maiores”, considera.
Vacinada contra Covid-19 no primeiro dia, Juliana conta que a vacina trouxe esperança de que “poderemos pensar em um fim para pandemia”. É um marco. Ela destaca que ficou muito feliz de ter participado do início da campanha no hospital que há quase um ano recebe pacientes com Covid, “onde toda a equipe está cansada”, mas segue trabalhando firme.
Além de trabalhar nas enfermarias e pronto-socorro da Clínica Médica do Hran, Juliana atende no ambulatório de Geriatria da Policlínica da Asa Norte. Para ela, mesmo com a vacina ela não se sente totalmente segura.
“Preocupo-me com os meus pacientes e familiares. Os profissionais estão se vacinando e isso é ótimo. Mas, o principal grupo de pessoas que atendo tem mais de 60 anos, faz parte do grupo de risco. A imunização ainda não foi liberada para todos eles. Talvez quando grande parcela da população estiver vacinada, posso dizer que me sinto segura”, conclui.
Fonte: Agência Brasília, fotos Breno Esaki/ Agência Saúde DF