A mulher de 24 anos que queimou o próprio bebê dentro de uma caixa de papelão em Anápolis , a 55 quilômetros de Goiânia, disse à polícia que...
Veja:
Pelo vídeo, é possível notar ela chegando e retirando do carro a caixa em que estava o bebê. Em seguida, ela retorna ao veículo para pegar o que seria o álcool que ela utilizou para atear o fogo.
No interrogatório, a mulher informou que não sabia se o bebê estava ou não vivo antes de colocar fogo, pois não teve coragem de abrir a caixa para se despedir.
Ele tinha apenas alguns dias de vida. O delegado Fábio Vilela diz que depende do prontuário do hospital para certificar as datas corretas do nascimento e alta do bebê, mas ele teria nascido na primeira semana deste mês e recebido alta por volta do dia 6 de maio.
As informações constam numa pulseira de hospital que estava amarrada à perna direita da criança e que não foi atingida pelo fogo. “A mãe conta que do mesmo jeito que pegou a criança no hospital, no dia da alta, ela a deixou. Não retirou nem a pulseira de identificação”, diz o delegado.
Até o dia do crime
Em casa, o recém-nascido só recebeu alimento no primeiro dia. A mulher tentou amamentá-lo, mas desistiu e o colocou em um quarto dos fundos, onde o bebê permaneceu por cerca de dois dias, sem receber nada de alimentação.
As imagens registradas pela câmeras informam como data do crime a segunda-feira (10/5). Desesperada com a criança no quarto dos fundos, a mulher relatou à polícia que a colocou numa caixa, levou para o carro e saiu andando pela cidade, pensando no que iria fazer.
Ela mora em um bairro do Centro de Anápolis. Pela distância da casa dela até o local do crime, segundo a polícia, subentende-se que ela andou bastante até encontrar o lote e decidir o que fazer.
No dia e hora do crime, alguns carros chegam a passar em frente ao local, enquanto a mulher retira a caixa com a criança do automóvel, mas nenhum parou para observar. A descoberta só foi possível graças a um cachorro de rua.
Cachorro descobriu bebê carbonizado
No início da manhã de quarta-feira, a vizinha que mora em frente ao lote percebeu que um cachorro arrastava pela rua algo semelhante ao corpo de uma criança. Ao observar direito, ela notou que se tratava do corpo de um bebê carbonizado.
A polícia foi chamada e, no local, constatou o crime. A única parte do corpo que não queimou foi a perna direita onde estava a pulseira de identificação do hospital. Com os dados, como nome incompleto da mãe, nome do hospital e data de nascimento, os peritos conseguiram individualizar o crime e identificar a responsável.
Em busca no endereço indicado na ficha do hospital, a polícia encontrou o carro que aparece nas imagens, o álcool que foi utilizado pela mãe e ela “bastante atônita”, segundo o delegado, vestindo roupas muito semelhantes as do dia do crime. “Ela estava em choque. Quando entrou na viatura, começou a chorar”, relata Fábio Vilela.
Após ser interrogada, ela foi encaminhada para uma unidade prisional em Goiânia. O namorado esteve no Instituto Médico Legal (IML) para fazer o exame de DNA e comprovar a paternidade da criança. Só assim, será possível liberar o corpo do bebê para ser sepultado. Ele e o irmão da jovem devem ser ouvidos nos próximos dias.
As informações são do Metrópoles