“Afinal, qual a diferença entre se sentir velho e ser idoso? Velho é quem reclama, idoso é quem se exercita!” Foi a partir dessa reflexão ...
“Afinal, qual a diferença entre se sentir velho e ser idoso? Velho é quem reclama, idoso é quem se exercita!” Foi a partir dessa reflexão que educandos do Serviço de Acolhimento Institucional para Pessoas Idosa (Saipi) participaram, na sexta-feira passada (7), de uma oficina artes para exercitar a criatividade, a memória, a coordenação motora e a concentração.
“A idade está na mente”, disse Raimundo Ferreira, 61 anos. “É gostoso participar desse tipo de atividade. A gente fica mais à vontade”, conta. Ele fez um autorretrato com a orientação da educadora social Karla Cíntia Lourenço. A servidora propõe aos idosos acolhidos atividades como pintura, arte com argila, desenho e artesanato. “O objetivo é usar a arte como metodologia. Trabalhamos a empatia, o pertencimento, a história de vida”, explica a educadora social.
Ilha da tranquilidade
Anteriormente designado como Unai, o Saipi está localizado em Taguatinga Norte, próximo ao Parque Ecológico do Cortado. Em meio a uma ampla área verde, há quem prefira a companhia dos livros, como Hélio Fernandes, de 67 anos. “Aqui é uma ilha de tranquilidade”, elogia. Há cinco meses na unidade, ele tem lido, em média, um livro por semana. “Eu leio todos os gêneros, porque até uma ação policial traz uma mensagem”, dá a dica. Agora, ele pede doações de mais livros para conseguir manter o ritmo.
O Saipi de Taguatinga Norte acolhe idosos do sexo masculino com idade a partir de 60 anos capazes de realizar as atividades diárias de maneira independente. A chegada de novos servidores públicos vai permitir a ampliação do número de vagas de 25 para 35. A maioria estava em situação de rua ou de abandono, sendo encaminhados para a unidade após atendimento em um Centro Pop, em um Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) ou a partir da Equipe de Abordagem Social.
O espaço conta com quartos, banheiros, área verde e salas de convivência para os idosos.
“Aqui é feito um trabalho psicossocial com eles, que podem permanecer pelo tempo necessário”, explica a gerente da unidade, a assistente social Sônia de Lourdes Assis. O próximo passo será o início das aulas de informática. E já há idosos acolhidos ansiosos pela novidade.
“Você tendo acesso à internet tem acesso ao mundo!”, comemora Hélio Fernandes, preparado para expandir a leitura para o mundo virtual.