Autoridades do Texas, nos Estados Unidos, confirmaram nesta segunda-feira (27) a morte de uma criança que contraiu uma “ameba comedora de ...
Autoridades do Texas, nos Estados Unidos, confirmaram nesta segunda-feira (27) a morte de uma criança que contraiu uma “ameba comedora de cérebro” em uma fonte aquática recreativa no condado de Airlington.
A vítima foi internada no dia 5 de setembro, diagnosticada com meningoencefalite amebiana primária, e morreu no dia 11. Para preservá-la, informações sobre a sua identidade não foram divulgadas.
A rara infecção contraída pela criança é causada por uma ameba chamada Naegleria fowleri, que costuma ser encontrada no solo, em água doce quente, em piscinas mal conservadas ou sem cloro. O organismo infiltra-se quando a água contaminada tem contato com o nariz da vítima. A ameba sobe pelo canal nasal e alcança o cérebro, destruindo o tecido do órgão.
Após cinco dias da contaminação, o paciente pode sentir dor de cabeça, febre, náuseas e vômitos. A doença avança rapidamente e costuma causar a morte após 18 dias, segundo informações do Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
O departamento de saúde da cidade foi acionado pelo hospital e instaurou uma investigação para determinar onde a criança foi exposta à ameba. Os testes apontaram a presença da ameba Naegleria fowleri na fonte do Don Misenheimer Park, em Arlington. O ponto recreativo em questão foi fechado e, por precaução, outras três fontes públicas também foram isoladas até o fim do ano.
Para o CDC, a criança foi provavelmente exposta à ameba ao brincar com os respingos de água no parque.
– Isso parte meu coração. Sou pai de quatro filhos, avô de cinco crianças de 2 a 7 anos. Não consigo imaginar ter que enterrar uma criança assim – lamentou o prefeito de Arlington, Jim Ross, à KTVT.
As investigações indicaram lacunas nos padrões de manutenção do parque. Os funcionários não realizavam o teste de água diariamente ao abrir a instalação, e não verificavam a concentração de cloro, usado como desinfetante na água.
Em dois dos três dias em que a criança foi ao parque entre agosto e setembro, as leituras de cloração não foram registradas.
Os casos de infecção por Naegleria fowleri são raros. De 2010 a 2019, 34 contaminações foram registradas, sendo 30 delas em fontes recreativas.
As informações são da CNN.