Renata Senna, filha do ex-lavrador Renê Senna, que foi assassinado em 2007, após ganhar prêmio milionário na Mega-Sena, recebeu da Justiça...
Renata Senna, filha do ex-lavrador Renê Senna, que foi assassinado em 2007, após ganhar prêmio milionário na Mega-Sena, recebeu da Justiça autorização para sacar metade da herança do pai: aproximadamente R$ 43 milhões. O caso se arrasta na Justiça há 14 anos e ainda não acabou, pois a viúva da vítima ainda tem o direito de recorrer.
Pela decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a fortuna de Senna deve ser dividida entre a filha e os tios, irmãos do ex-lavrador, como estava previsto no penúltimo testamento dele. O último foi anulado, também pela Justiça, sob o argumento de que a viúva de Senna, Adriana Almeida, o manipulou e depois encomendou o assassinato.
A decisão que tirou da viúva qualquer direito sobre a herança foi proferida em maio deste ano, confirmando a sentença de 2018 que anulou o último testamento de Senna. No documento, ele deixava toda a fortuna para Adriana, que foi condenada a 20 anos de prisão por seu papel no homicídio. Ela foi para o regime semi-aberto no final de 2020.
Ela, que era cabeleireira, conheceu Renê em uma festa de Natal na casa que ele havia comprado em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio. Durante a festa, os dois se aproximaram e começaram a namorar.
Renê decidiu voltar para Rio Bonito, onde nascera, e meses depois se casou com Adriana. A vítima sofria de diabetes e teve de amputar as duas pernas, em consequência da doença. Ele andava em um quadriciclo pela cidade e tinha o hábito de, nos fins de semana, ir a um bar conversar e tomar cerveja com amigos, quando foi assassinado. Os matadores estavam em uma moto e fizeram diversos disparos contra Rennê, que morreu na hora.
A fortuna de Senna é estimada atualmente em R$ 120 milhões. Na decisão que deu metade da herança à filha Renata, a Justiça não somou R$ 14 milhões obtido com as vendas da Fazenda Nossa Senhora da Conceição, em Rio Bonito, onde Renê passou seus últimos sete meses de vida, e de outros patrimônios liquidados pela Justiça.
Por: Metrópoles