Saiba quem é o doleiro citado na cola na mão de Bolsonaro no JN - Notícias de Brasília

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Saiba quem é o doleiro citado na cola na mão de Bolsonaro no JN

  Na noite de segunda-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu entrevista ao   Jornal Nacional , da TV Globo. Na ocasião, ele u...

 

Na noite de segunda-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo. Na ocasião, ele usou uma “cola” em uma de suas mãos.

As três primeiras palavras, que apareceram na “cola” eram nomes de países latino-americanos cujos presidentes são de esquerda. Também estava escrito o nome de Dario Messe, conhecido como “o doleiro dos doleiros”, que confessou à Operação Lava Jato do Rio ter cometido crimes como lavagem de dinheiro, evasão e associação criminosa.

Durante sua delação do dia 24 de junho de 2020, que foi homologada no dia 12 de agosto do mesmo ano, Dario Messer disse que prestou serviços para a família Marinho, dona da Rede Globo, com repasses de dólares em espécie em várias ocasiões. Ele relatou que a entrega dos pacotes de dinheiro acontecia dentro da sede da Globo, no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio de Janeiro, segundo informações da revista Veja.

Os repasses teriam começado nos anos 90. As quantias entregues em espécie no Brasil seriam compensadas pela família Marinho no exterior por meio de uma conta de Barizon.

Messer apontou na delação um funcionário identificado como José Aleixo, que seria responsável pelo recebimento do dinheiro. Ele afirmou que os irmãos Roberto Irineu, presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo, e João Roberto Marinho, vice-presidente do Grupo Globo, eram os destinatários do dinheiro.

A família Marinho se pronunciou sobre a delação de Messer e enviou nota à revista.

– A respeito de notícias divulgadas sobre a delação de Dario Messer, vimos esclarecer que Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho não têm, nem nunca tiveram, contas não declaradas às autoridades brasileiras no exterior. Da mesma maneira, nunca realizaram operações de câmbio não declaradas às autoridades – informou o texto.

Messer não apresentou provas das entregas de dólares e disse que nunca teve contato direto com os Marinho.

Em 17 de agosto de 2020, Dario Messer, envolvido em desdobramentos da Operação Lava Jato, foi condenado a 13 anos e quatro meses de prisão e ao pagamento de multa no valor aproximado de R$ 2,1 milhões. A sentença foi proferida pelo juiz Alexandre Libonati de Abreu, da 2ª Vara Federal Criminal, de acordo com informações da Agência Brasil.

O doleiro foi preso em julho de 2019, em uma casa em São Paulo, após ficar foragido desde maio de 2018.

Por: Pleno News