A poucas semanas das festas de fim de ano, quando milhares de presos em todo o país ganham o benefício de ir para casa por uns dias, o dep...
A poucas semanas das festas de fim de ano, quando milhares de presos em todo o país ganham o benefício de ir para casa por uns dias, o deputado Delegado Palumbo (MDB-SP) decidiu cobrar a aprovação de um projeto que acaba com as chamadas “saidinhas” dos presídios.
– Este país aqui tem tanto benefício para criminosos que aqui é conhecido como paraíso dos criminosos – afirma Palumbo.
– É um monte de saidinha, nós temos que pensar na vítima e no cidadão do bem.
O parlamentar revela inconformismo ante o fato, segundo ele, de o Projeto de Lei 2253, de 2022, estar parado no Congresso desde agosto do ano passado. O texto, aprovado na Câmara, altera a Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal) e prevê monitoração eletrônica do preso, exame criminológico para progressão de regime e a extinção do benefício da saída temporária, a “saidinha”.
– O bandido tem livre-arbítrio, comete crime porque quis, ninguém obrigou ele a colocar uma arma na cinta e sair pra roubar, matar, estuprar e traficar – diz Delegado Palumbo.
O emedebista sustenta que os criminosos “têm muito benefício, inclusive auxílio-reclusão, recebem dinheiro do governo, ao passo que não existe auxílio-vítima”.
– Para as vítimas nada!
Palumbo aponta para as audiências de custódia.
– Em menos de 24 horas o preso tem que passar perante o juiz para saber como foi tratado, como foi algemado e ninguém pergunta absolutamente nada para a vítima.
Ele é enfático:
– Espero que o Senado avance com esse projeto, que está parado desde o ano passado. Afinal, é um grande anseio da sociedade. A sociedade clama por isso, ninguém aguenta mais ser roubado. É o tempo todo latrocínio, roubo, morte, o tempo todo isso.
Palumbo dá uma sugestão:
– Não quer passar o Natal, Réveillon, Dia dos Pais, Dias das Mães na cadeia? A regra é simples: não cometa crimes!
*AE