O debate entre candidatos à Prefeitura de São Paulo , realizado pela RedeTV! e o portal Uol na manhã desta terça-feira (17), é marcado por...
O debate entre candidatos à Prefeitura de São Paulo , realizado pela RedeTV! e o portal Uol na manhã desta terça-feira (17), é marcado por novas brigas, trocas de acusações, gritaria e inúmeros pedidos de direito de resposta.
O encontro começou às 10h20 já em clima de tensão após o apresentador José Luiz Datena ter agredido Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeirada durante o debate realizado pela TV Cultura no domingo (15).
Datena e Marçal comentaram sobre o episódio e trocaram acusações. O candidato do PRTB disse que Datena teve um comportamento "análogo a orangotango".
"No último debate, eu tava terminando a minha fala, falando que o Datena não é homem e aqui eu retifico, retifico não, ratifico, ele não é homem, ele é um agressor e as cadeiras aqui foram parafusadas no chão porque ele teve um comportamento análogo a um orangotango, numa tentativa de homicídio contra mim. E eu quero agradecer todos os candidatos aqui que não foram solidários".
Datena pediu direito de resposta e rebateu afirmando que não se orgulhava do ocorrido, que agiu em defesa de sua família e disse que não bateria em covarde duas vezes.
"Você pode me provocar da forma que vc quiser, que eu não vou partir pra agressão com você porque eu não bato em covarde duas vezes. Covarde apanha uma vez só, eu não vou fazer isso."
Logo depois, o debate chegou a ser interrompido por conta de um bate-boca e gritaria entre Ricardo Nunes (MSB) e Pablo Marçal (PRTB). A moderadora precisou elevar a voz e avisar que ambos seriam suspensos caso não parassem.
Desde o início, Marçal se recusou a beber a água oferecida pelo evento, e a chamar os adversários pelo nome - e não por apelidos.
Em uma das perguntas de livre escolha, ele se referiu a Nunes como "Bananinha" e questionou o atual prefeito sobre o boletim de ocorrência por violência doméstica feito pela esposa de Nunes em 2011. O caso foi revelado pela Folha de S. Paulo em 2020.
Nunes também optou pela estratégia de acusações e usou como argumento a condenação de Marçal por furto qualificado em 2010, em primeira instância, em relação à Operação Pégasus, deflagrada pela Polícia Federal em 2005 e que teve como objetivo desmantelar uma quadrilha especializada em invadir contas bancárias por meio da internet.
"Ele saiu da cadeia, mas a cadeia não saiu de dentro dele. A forma como ele vem colocando e tratando as pessoas assim, é a forma da malandragem de cadeia. Ele cria na provocação, ele manda mensagens das pessoas, como mandou pra mim, se solidarizando, como o Datena colocou e saiu da Uol, na mesma estratégia que fez com aqueles aposentados, pessoas humildes, de mandar e-mail, querendo ganhar a confiança da pessoa, a pessoa acessava, levava ali à abertura das suas contas correntes, pra ele subtrair o recurso, quem tá falando isso é a justiça, é a condenação de 4 anos e 5 meses, onde ele já foi preso. Agora, é o tempo todo atacando as pessoas."
Participaram do encontro os demais candidatos que lideram a disputa na cidade: Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), além de Tabata Amaral (PSB) e Mariana Helena (Novo).
O segundo bloco foi mais civilizado, mas permaneceu com escassez de propostas.
As acusações seguiram em pauta, e esquentaram o clima quando Marina Helena (Novo) acusou sem provas Tabata Amaral de usar jatinho para fazer viagens pessoais.
Tabata negou e classificou as acusações de Marina como um "deliro grave".
"Aguarde um processo. Você não pode trazer uma afirmação que simplesmente não corresponde à realidade."
Cadeiras parafusadas e regras
Para evitar novas agressões do tipo, a RedeTV! parafusou as cadeiras no chão durante o encontro. A organização do debate também determinou a expulsão em caso de agressão verbal.
A medida foi tomada depois que José Luiz Datena (PSDB) agrediu Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeirada durante um debate com os candidatos à Prefeitura de São Paulo, nesse domingo (15). O encontro, organizado pela TV Cultura, foi temporariamente interrompido após o incidente.
Marçal foi levado para o Hospital Sírio-Libanês, onde ficou internado durante a madrugada e teve alta na segunda-feira (16).
Segundo o boletim médico divulgado pela unidade, Marçal teve traumatismo na região do tórax à direita e em punho direito, sem maiores complicações associadas.
Por: G1