Após garantir sua reeleição no pleito deste domingo (27), o prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) disse que vai se dedicar para que se...
Após garantir sua reeleição no pleito deste domingo (27), o prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) disse que vai se dedicar para que seu partido não apoie o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo nesta terça-feira (29), ele afirmou que a sigla tem de apoiar o governador do estado Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) siga inelegível.
– Não tem o menor sentido, aqui em São Paulo, eu defender o apoio à reeleição do presidente Lula ou do PT, porque eles agiram de uma forma muito contundente contra a minha candidatura. É natural e óbvio que eu vou defender quem me apoiou. Quem me apoiou foi o Tarcísio, o presidente Bolsonaro. Em retribuição, é óbvio que eu vou fazer isso, porque eu sempre fui uma pessoa de ter, no meu histórico de vida, a coerência – declarou Nunes.
Na sequência, o emedebista disse que, do ponto de vista republicano, o governo federal “extrapolou” no apoio ao seu rival, o deputado federal e ex-candidato à Prefeitura Guilherme Boulos (PSOL-SP), mas que espera que a gestão Lula “trate a cidade de São Paulo com o respeito que ela merece”.
Questionado sobre em quais momentos o governo teria extrapolado, Nunes citou “algumas falas desnecessárias”.
– A mulher do presidente fez um vídeo totalmente fake news um dia antes da eleição para atacar a mim e à minha esposa. Não é correto isso. Eu levei a campanha com muito respeito, colocando minhas posições e diferenças com relação aos adversários, mas sem levar para a baixaria e para esse ponto de desespero. As outras questões são normais: o presidente Lula ter seu candidato, apoiar e pedir voto para. É do jogo e tem que ser feito, como o Tarcísio fez [comigo] – pontuou.
No tocante aos próximos contatos com Lula, Nunes disse que cabe ao ex-presidente procurá-lo, pois foi ele que venceu a eleição. Segundo o prefeito, nem o presidente, nem Boulos ligaram para ele.
Questionado se mantém alguma mágoa para com a atuação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua campanha, Nunes negou e disse que o líder político “deu sua contribuição”.
No início quando ele trouxe o PL para nos apoiar e fez a indicação de coronel Mello foi super importante, porque a gente fez com que o centro e a direita estivessem unidos contra a extrema-esquerda. Aí, depois, acabou tendo que viajar muito para os municípios. Agora se falasse “espera um pouquinho, o presidente está andando de jet ski lá em Ilhabela”. Aí eu ia ficar chateado. Eu ficava entrando na rede social dele. Ele estava lá fazendo uma carreata, uma caminhada, comício, então ele estava trabalhando nesse aspecto em outros municípios. Não tenho o que reclamar do presidente Bolsonaro. Só tenho a agradecer pela sua participação no processo eleitoral – concluiu
Por: Pleno.News