A família do garçom e artesão José Augusto Mota da Silva, de 32 anos, que morreu enquanto aguardava atendimento em uma Unidade de Pronto...
A família do garçom e artesão José Augusto Mota da Silva, de 32 anos, que morreu enquanto aguardava atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no Rio de Janeiro, manifestou revolta pelo ocorrido com o familiar. Ao jornal O Globo, a funcionária de almoxarifado Emily Larissa, de 19 anos, sobrinha de José, disse que os parentes do garçom pretendem processar a Prefeitura do Rio.
– Ele poderia estar vivo. Essas pessoas que estavam de plantão na UPA são monstros. Vamos processar a prefeitura – disse.
José falou pela última vez com a família na última quarta-feira (11). De acordo com os familiares, que vivem em Mogi Guaçu, no interior de São Paulo, ele perguntou se todos estavam bem e contou para uma das irmãs que estava com fortes dores no estômago, mas que tinha marcado uma consulta em uma clínica da família com um especialista
No entanto, no início da madrugada deste sábado (14), os parentes receberam uma outra ligação que trouxe a notícia que todos pensaram inicialmente que fosse um trote. Um amigo de José localizou parentes dele e contou que ele havia morrido sentado em uma cadeira na UPA da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio. O garçom passou pela triagem, mas a equipe de saúde pareceu não ter percebido a gravidade.
Emily Larissa disse que os familiares viram quando os vídeos começaram a circular nas redes sociais e que ficaram chocados. Em uma das gravações, uma mulher diz que o homem chegou à UPA “gritando de dor”, mas que só foi atendido após morrer. O secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, informou que foi aberta uma sindicância e que toda a equipe de plantão da unidade médica será demitida.
– Todos os profissionais que estavam no plantão da UPA da Cidade de Deus, na noite de ontem [sexta-feira, 13], serão demitidos, responderão sindicância e serão denunciados nos seus respectivos conselhos de classe. É inadmissível não perceberem a gravidade do caso – declarou o secretário, por meio das redes sociais.
A sobrinha e uma irmã de José Augusto chegaram ao Rio no início da noite deste sábado (14), liberaram o corpo e já retornaram para Mogi Guaçu. O enterro será na cidade paulista. O atestado emitido pelo Instituto Médico-Legal (IML) foi inconclusivo, mas os peritos ainda aguardam exames laboratoriais que poderão apontar qual foi a causa da morte do garçom.
Por: Pleno.News