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Queda na popularidade de Janja pode afetar Lula

  A queda acentuada da popularidade da primeira-dama Janja da Silva, além de “constrangedora”, pode afetar negativamente a imagem do preside...

 

A queda acentuada da popularidade da primeira-dama Janja da Silva, além de “constrangedora”, pode afetar negativamente a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de seu governo. Essa é a avaliação do jornal O Estado de S. Paulo, que publicou um editorial sobre o tema neste domingo (5).

No texto, o veículo de comunicação contextualiza que uma pesquisa Genial/Quaest publicada em dezembro mostrou que Janja perdeu quase metade de sua popularidade em dois anos. A esposa de Lula viu o índice de pessoas que tinham uma opinião positiva sobre ela cair de 41% para 22%, enquanto seus críticos subiram de 19% para 28%. A avaliação pessoal dela é ainda pior do que a do governo em si.

Uma marca constrangedora para quem se dispôs a atuar como plenipotenciária influenciadora digital do governo e conselheira universal do marido e de seus ministros. (…) Eis um bom recado para quem passou os dois primeiros anos de governo convicta não apenas de que seria capaz de influenciar o presidente, como também afetar a vida dos brasileiros, uma tarefa para a qual evidentemente não foi eleita – declarou o jornal.

Para o Estadão, a autoestima de Janja decorreu do triunfo eleitoral de seu marido e seu papel ativo na campanha eleitoral do petista. Decidida a “ressignificar o conteúdo do que é ser uma primeira-dama”, ela decidiu se intrometer nas mais diversas áreas do governo.

– Seus tentáculos avançam sobre a comunicação digital do governo e a intromissão frequente em assuntos de Estado com cobranças públicas (e privadas) a ministros. E é assim que se envolve em sucessivas polêmicas (como a última, na qual, durante reunião do G-20, ofendeu gratuitamente o empresário Elon Musk) e tem opinião assertiva sobre quase tudo o que diz respeito ao governo – elencou o jornal.

O texto afirma que “são frequentes os relatos de que sistematicamente interfere nas mensagens da Secretaria de Comunicação da Presidência e, não raro, faz o papel de estrategista e câmera do presidente nas redes sociais”.

No entanto, por muitas vezes suas intervenções geram efeito negativo, como sua ideia de mostrar a nova cascata artificial da Granja do Torto em meio ao duro debate acerca do plano de corte de gastos do governo.

O Estadão observa que “quem age como personagem política passa a ser avaliada também como tal”. O jornal espera que a curva negativa da popularidade da primeira-dama sirva de “alerta e aprendizado” para que Janja adote a postura discreta da maioria de suas antecessoras ou ao menos calibre seus atos.

Por: Pleno.News