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Novo programa social do governo se chamará "Renda Cidadã"

O senador Marcio Bittar, outros líderes do governo e ministros se reuniram com o presidente Bolsonaro na manhã desta quarta-feira (23/9) par...



O senador Marcio Bittar, outros líderes do governo e ministros se reuniram com o presidente Bolsonaro na manhã desta quarta-feira (23/9) para discutir a fonte de renda que financiará o programa

   
O novo programa social que o presidente Jair Bolsonaro pretende criar para substituir o Bolsa Família do governo petista e imprimir sua marca será batizado de “Renda Cidadã”. A informação foi dada pelo relator da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Pacto Federativo, senador Márcio Bittar (MDB-AC) ao jornal O Globo.


Bittar, outros líderes do governo e ministros se reuniram com o presidente Bolsonaro na manhã desta quarta-feira (23/9) para discutir sobre a fonte de renda para custeio do novo programa. Outra pauta foi o envio da segunda parte da reforma tributária ao Congresso.


Segundo Bittar, o chefe do Executivo deixou claro, durante a reunião no Palácio do Planalto, quais fontes de financiamento podem entrar no parecer feito pelo parlamentar. A proposta deverá ser apresentada na próxima semana.


"O senador Marcio Bittar recebeu do presidente as orientações de quais alternativas poderá escolher para colocar no seu relatório", explicou o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR).


No entanto, Bittar não informou qual será a fonte de recursos. Bolsonaro deseja que o valor do novo programa seja maior do que o já praticado no Bolsa Família e que acompanhe a quantia que será paga nas últimas parcelas do auxílio emergencial até o final do ano, de R$ 300.


Renda Brasil
O Renda Brasil fazia parte do pacote Pró-Brasil. No entanto, o governo não chegou a um consenso sobre a fonte dos recursos para tirar a medida do papel e Bolsonaro tornou público seu descontentamento com a equipe econômica, capitaneada pelo ministro Paulo Guedes.


O chefe do Executivo afirmou que pediu a suspensão do anúncio do super pacote porque segundo ele, “não poderia tirar dos pobres para dar a paupérrimos”. O presidente disse que ouviu propostas de utilizar o abono salarial de trabalhadores como uma das fontes para bancar o programa, mas refutou a ideia e afirmou que não levaria essa discussão ao Congresso.


No último dia 15, Bolsonaro ameaçou com um “cartão vermelho” a equipe econômica. Em uma publicação nas redes sociais, o chefe do Executivo postou uma mensagem afirmando que “congelar aposentadorias, cortar auxílio para idosos e pobres com deficiência, um devaneio de alguém que está desconectado com a realidade”.

Em indireta para o ministro da Economia, Paulo Guedes, Bolsonaro ressaltou também que os que pensam nesses tipos de medidas “não têm coração”.


Por fim, Bolsonaro anunciou a desistência sobre o programa Renda Brasil, que ficaria no lugar do Bolsa Família. “Até 2022 no meu governo, está proibido falar em Renda Brasil, vamos continuar com o Bolsa Família e ponto final", disse na data.

No dia seguinte, tratou de costurar com o Congresso uma saída para um novo programa para chamar de seu. Movido pela popularidade que o auxílio emergencial tem lhe proporcionado, Bolsonaro sabe que precisa ter um plano de continuidade para o final do ano, que é quando estão previstas as últimas parcelas da ajuda aos trabalhadores informais.

Por Correio Braziliense