Presa desde 2004 por matar os pais, ela cumpre pena no regime semiaberto, com direito a saídas temporárias O pedido de progressão ao regime ...
Presa desde 2004 por matar os pais, ela cumpre pena no regime semiaberto, com direito a saídas temporárias
O pedido de progressão ao regime aberto de Suzane Von Richthofen, condenada a 39 anos pela morte dos pais, foi negado por quatro votos a um, em decisão tomada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo nesta quinta-feira (17/9).
Suzane Von Richthofen segue cumprindo a pena no regime semiaberto, com direito a saídas temporárias desde outubro de 2015. A primeira saída dela aconteceu em março de 2016, beneficiada pela saída temporária de Páscoa.
A Defensoria Pública foi a responsável por fazer o pedido, em 2018, quando Suzane atingiu o tempo necessário da pena para a progressão. Presa desde 2004, ela está na Penitenciária Feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier.
Ainda no ano de 2018, o pedido feito pela Defensoria Pública já havia sido negado em primeira instância, mas a defesa recorreu pedindo que fosse reanalisado, desta vez em segunda instância. A decisão de rejeitar o pedido de ida ao regime aberto foi da 5ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP.
Em 2018, a Justiça pediu exames psicológicos complementares de Suzane, o que desacelerou o processo. No exame de Rorschach, os laudos teriam atestado que a presa teria traços de egocentrismo, infantilidade e narcisismo, o que foi usado como base para mantê-la em cárcere.
A defesa recorreu ao TJ-SP. Em março de 2019, o colegiado do Tribunal de Justiça decidiu mantê-la presa.
Nesta quinta-feira, o pedido foi novamente analisado, a partir de um novo recurso – um embargo infringente.
Além de ter cumprido o tempo exigido da pena para a progressão, ela tem cerca de três anos de remissão de pena por trabalhos na unidade prisional e tem atestado de bom comportamento pela unidade prisional.
O que diz a Defensoria
Até o momento, a responsável pelo pedido de progressão da pena, a Defensoria Pública, informou que não foi notificada da decisão. Apesar de o pedido ter sido feito pela Defensoria, ele foi defendido por uma advogada escolhida por Suzane, que destituiu o órgão no processo durante o trâmite.
Por Metrópoles