Presidente disse que nome do juiz do TRF-1 será levado ao Senado para assumir a vaga a ser deixada pelo ministro Celso de Mello O presidente...
Presidente disse que nome do juiz do TRF-1 será levado ao Senado para assumir a vaga a ser deixada pelo ministro Celso de Mello
O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), disse nesta quinta-feira (1º/10) que a indicação de Kassio Nunes Marques para a vaga a ser deixada pelo ministro Celso de Mello, no Supremo Tribunal Federal (STF), será publicada nesta sexta (2/10), no Diário Oficial da União (DOU). As declarações foram dadas pelo chefe do Executivo federal durante sua live semanal nas redes sociais.
“Não vou botar uma pessoa só pelo currículo. [As pessoas] Começam a atirar no cara. Acusar de comunista, socialista, ligado ao PT. Todo mundo ao longo de 14 anos de PT teve alguma ligação, não quer dizer que seja comunista”, disse o Bolsonaro, ao se defender das críticas contra a escolha do nome.
O decano do Supremo, que completa 75 anos em novembro, decidiu antecipar a aposentadoria para o dia 13 de outubro. A expectativa é que o desembargador Kassio Marques, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), assuma a cadeira de Celso de Mello.
Bolsonaro diz a ministros que escolheu Kassio Marques para vaga no STF
Pelos colegas de trabalho, Marques é conhecido pela produtividade e eficiência com processos complexos. Ele também já fez parte do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Caso a indicação se concretize, Kassio Marques terá que passar por uma sabatina no Senado federal e ter o nome aprovado pela maioria dos senadores, de acordo com a Constituição Federal. Segundo as normas, o indicado também precisa ter mais de 35 e menos de 65 anos, deter notável saber jurídico e reputação ilibada.
O piauiense, de 48 anos, é tido como alguém de boa articulação, muito discreto publicamente e obcecado por eficiência no trabalho. Desempenhando função de desembargador do TRF-1, Corte da qual foi vice-presidente até o início deste ano, Marques ficou marcado como um resolvedor de pendências históricas.
O nome, contudo, não tem agradado apoiadores mais conservadores do presidente e a ala evangélica. No primeiro caso, porque acreditam que o magistrado não adota uma postura mais “radical”. E no segundo, porque, ao contrário do que disse Bolsonaro sobre a escolha de um ministro “terrivelmente evangélico”, Marques é católico.
Por Metróples