Flagrado pela Polícia Federal com R$ 33 mil na cueca, o senador Chico Rodrigues (DEM-RR) pediu nesta terça-feira (20) afastamento do manda...
Flagrado pela Polícia Federal com R$ 33 mil na cueca, o senador Chico Rodrigues (DEM-RR) pediu nesta terça-feira (20) afastamento do mandato por 90 dias. Como a afastamento é inferior a 120 dias, o suplente do senador, que é filho dele, não assumirá o mandato.
Chico Rodrigues foi
flagrado com R$ 33 mil na cueca na semana passada. O dinheiro foi encontrado
durante uma operação que cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do
parlamentar.
A operação apura
suposto esquema de desvio de recursos públicos em Roraima. Rodrigues nega as
acusações e afirma que o dinheiro serviria para pagar funcionários.
Após a operação da
semana passada, partidos políticos protocolaram uma representação no Conselho
de Ética no Senado com o objetivo de cassar o mandato de Chico Rodrigues.
Aliados do senador,
contudo, passaram esta segunda-feira (19) costurando um acordo para que Chico
Rodrigues se licenciasse. O próprio presidente do Conselho de Ética, Jayme
Campos (DEM-MT), sugeriu que o senador se licenciasse por 121 dias.
Chico Rodrigues
ouviu em conversas reservadas com políticos aliados que o Supremo Tribunal
Federal (STF) deve ratificar, na sessão desta quarta-feira (21), a decisão do
ministro Barroso, que afastou Rodrigues do mandato.
A avaliação feita
foi que, após a decisão do plenário, “ficará difícil” para o presidente do
Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), comprar a briga com o STF e colocar em
votação a análise da decisão de toda a corte.
Motivo: enquanto a
decisão é monocrática, ou seja, do ministro Barroso, senadores avaliam que a
decisão — se submetida ao plenário do Senado — pode ser derrubada. Mas não
quando a decisão for ratificada pela maioria do STF.
Por meio da
assessoria, o ministro Luís Roberto Barroso informou nesta terça-feira que
analisará o caso se e quando for informado oficialmente da formalização da
licença pelo senador Chico Rodrigues.