Cartinha ganhou grupos de WhatsApp e viralizou, após ser publicada no Facebook da filha do desempregado José Ribamar “Escrevo com mui...
Cartinha ganhou grupos de WhatsApp e viralizou, após ser
publicada no Facebook da filha do desempregado José Ribamar
“Olá. Me chamo Rosana, tenho 13 anos e
escrevo para vocês para contar um pouco o que eu estou passando. Estou muito
triste… Choro, às vezes escondida, por não poder ajudar o meu pai. Meu pai já
entregou vários currículos, já entregou toda a documentação da Valor Ambiental
(empresa de limpeza do DF), mas não chamam ele”, diz ela em um dos trechos.
Segundo o relato da
menina, o pai, José Ribamar Santos, 63 anos, tem experiência como tratorista,
vigia, auxiliar de jardinagem e trabalhou no Aterro Sanitário de Brasília. Ela pede ajuda para as
empresas Sustentare, Valor Ambiental e Consita, cujo nome mudou recentemente
para Suma Brasil, responsáveis pelos contratos de limpeza do DF junto ao Serviço de Limpeza Urbana (SLU).
“Que essa carta venha a chegar nos seus corações. Estamos passando muitas necessidades”, revela a garota.
Em entrevista ao Metrópoles, a
menina disse ter esperança de que a carta chegue às mãos de quem possa, de
fato, ajudar o pai, que está desempregado há cerca de seis meses.
“Falta alimentação”
Além da pré-adolescente e do pai, moram na casa da família, na
QR 115 de Samambaia, outras três filhas – com 6, 8 e 15 anos – e Regina, 59,
esposa de José Ribamar e mãe das meninas. Ela também está desempregada.
Rosana comentou que a mãe
faz diárias de faxina quando consegue demanda. “Sem meu pai receber, não
pagamos as contas e também falta alimentação”, lamenta a jovem.
Tímido, José Ribamar não
quis conceder entrevista, mas, segundo Rosana, ele está muito orgulhoso pela
movimentação que a filha, preocupada com a família, provocou ao escrever uma
carta tão sincera.
“Ele é um ótimo pai. Ficou emocionado e
orgulhoso por eu ter me preocupado conosco. Queremos que alguém nos ajude para
não vê-lo mais triste”, finalizou a garota.