A subprocuradora Lindôra Araújo, chefe da Lava Jato na PGR, recorreu da decisão de Ricardo Lewandowski que paralisou o andamento, na primeir...
O ministro suspendeu o curso do processo porque a defesa alegou que não teve acesso integral ao acordo de leniência da Odebrecht, a perícias sobre os sistemas de propina e ainda às comunicações da força-tarefa com autoridades americanas e suíças.
No recurso, a PGR apontou que Luiz Antonio Bonat já autorizou os advogados do ex-presidente a obterem cópia de todo o acordo, exceto de trechos usados em investigações em andamento, e também às perícias. O MPF informou que não existem documentos que registram as conversas com autoridades estrangeiras.
“A autoridade reclamada [Bonat] demonstrou o integral cumprimento da ordem exarada por essa Suprema Corte”, afirmou Lindôra, em referência a decisão do STF que determinou o acesso aos documentos.
Ela pediu ainda uma retratação de Lewandowski, que fez duras críticas à atuação de Bonat e da força-tarefa no caso. A ação do instituto, em que Lula é acusado de receber propina de R$ 12 milhões (valor do terreno) está pronta para julgamento há dois anos.