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PM de SP que ameaçou de estupro companheira de corporação é suspenso

O tenente-coronel da PM Cássio Novaes foi afastado do cargo e está sendo investigado pela Corregedoria da Polícia Militar, após ser acusado ...



O tenente-coronel da PM Cássio Novaes foi afastado do cargo e está sendo investigado pela Corregedoria da Polícia Militar, após ser acusado pela soldado Jéssica Paula do Nascimento, de 28 anos, por assédio sexual, ameaças de morte e estupro 
  Ao G1, o ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Elizeu Soares Lopes, disse que a conduta do militar é “ultrajante e inaceitável”
“A sociedade não pode aceitar de forma alguma, em pleno século 21, que alguma pessoa use de sua condição de superior hierárquico para constranger, ameaçar ou assediar, seja sexualmente ou moralmente, uma mulher”, disse o ouvidor.
Elizeu afirmou que a ouvidoria tomou providências e solicitou informações sobre os procedimentos da corregedoria.

“Após aberto o Inquérito Policial Militar (IPM), se tem o prazo de 40 dias, a priori, tempo que pode ser prorrogado caso necessário, e é onde serão apuradas todas essas condutas apontadas pela policial que o denuncia”, explica.

Dependendo da apuração do inquérito, o Ministério Público Militar (MPM) poderá denunciar o tenente-coronel. Caso seja condenado pela Justiça militar, Novaes, que atuava na capital paulista, poderá ser expulso da corporação e preso.

Vítima

A soldado Jéssica atua no 45° Batalhão da Polívia Militar do Interior (BPM/I), em Praia Grande (SP). Ela conta que o assédio do policial teve início em 2018. E que apesar de ter dito que era casada e tinha filhos, o militar não cedeu.

“Depois desse dia, minha vida virou um inferno”, contou a soldado. De acordo com o relato da soldado, o tenente-coronel seguiu com as investidas sexuais, passou a ameaçá-la por áudios, sabotá-la e humilhá-la em frente a outros policiais.

Jéssica denunciou o militar na Corregedoria da PM em abril. Tomou a decisão após ser enganada por ele. O tenente-coronel disse que a levaria ao Departamento Pessoal para pedir a transferência dela para o litoral paulista, mas o DP estava fechado. O homem pretendia levá-la a um hotel.

“Eu pensei que precisava de provas, porque ele sempre ia fazer isso e ninguém ia acreditar. Entrei em contato com um advogado, e ele me orientou a ver até onde ele iria, deixando ele falar. Foram coisas muito baixas. Me ameaçou de estupro e de morte”, afirmou a soldado.

Em seu Instagram, a soldado conta sobre o caso:

Por: Metrópoles