Nos EUA, uma mãe está sendo acusada de inventar uma doença para a filha adotiva de 6 anos e forçá-la a passar por quase 500 tratamentos médi...
Sophie Hartman, de 31 anos, alegou que sua filha sofria teria uma doença neurológia rara chamada hemiplegia alternada da infância. Ela chegou a submeter a filha a um implante cirúrgico de tubo de alimentação e outro de cecostomia, para limpar o intestino, e solicitou os médicos que dessem à criança um implante hormonal cirúrgico para impedir o início precoce da puberdade.
Apesar de os profissionais da saúde insistirem que não era necessário, a mãe fez ainda a menina usar cadeira de rodas e aparelho ortopédico.
Neste período, diversos eventos de arrecadação de fundos para tratar a falsa doença foram realizados, além da criação de página de mídia social. A menina chegou a receber um desejo da Make A Wish Foundation em 2018. Na época, Sophie disse que sua filha poderia “ficar paralisada a qualquer momento”.
“Ela pode perder a capacidade de falar e ter todos os tipos de convulsões e ter dores extremas. É muito difícil.”, disse em vídeo para a organização que realiza desejos de crianças diagnosticadas com doenças graves.
A suspeita contra Hartman teve início após especialistas do Hospital Infantil de Seattle ficarem preocupados com a série “de pedidos da mãe para procedimentos cada vez mais invasivos com base em sinais e sintomas não documentados relatados”, conforme consta em relatório do tribunal que investiga o caso.
Os médicos decidiram notificar o Departamento de Crianças e Jovens, em fevereiro deste ano, que retirou a criança dos cuidados da mãe em março. A menina passou os 16 dias seguintes no hospital, e nesse período, os médicos confirmaram a boa saúde da criança.
“Em nenhum momento durante sua internação houve qualquer descoberta ou sintoma relatado para apoiar qualquer um de seus diagnósticos anteriores. Todas as evidências disponíveis obtidas durante o curso de sua internação sugerem que é uma criança saudável de 6 anos de idade que continuaria a se beneficiar da redução do apoio médico e da normalização de sua experiência de infância.”, disseram os especialistas.
O advogado de Sophie Hartman, Adam Shapiro, afirma que as acusações contra a sua cliente são falsas, e que a menina foi diagnosticada com a doença por um neurologista pediátrico da Duke University e por um neurologista do Hospital Mary Bridge em Tacoma.
À Fox Q13, a defesa alegou ainda que “o médico do Hospital Infantil de Seattle, que está por trás das acusações deste caso, não é um especialista nesta enfermidade” e que o profissional da saúde “provavelmente, tem pouca ou nenhuma experiência nesta doença”.
Por: Terra Brasil notícias