A campanha à Presidência da República de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para impedir que o pre...
A campanha à Presidência da República de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para impedir que o presidente Jair Bolsonaro (PL) utilize em sua campanha à reeleição trechos do discurso proferido nesta terça-feira (20), na Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU).
Para o PT, o chefe do Executivo cometeu “abuso de poder político e econômico ao usar a prerrogativa de presidente para defender seu governo” e criticar, embora sem citação nominal, o rival Lula às vésperas das eleições.
– No meu governo, extirpamos a corrupção sistêmica que existia no País. Somente entre o período de 2003 e 2015, onde a esquerda presidiu o Brasil, o endividamento da Petrobras por má gestão, loteamento político e desvios chegou a casa dos US$ 170 bilhões. O responsável por isso foi condenado em três instâncias por unanimidade – disse Bolsonaro na ONU.
Na ação apresentada à Justiça, a coligação petista pede a proibição do uso político do discurso, a exclusão do vídeo do pronunciamento que consta do canal do YouTube da TV Brasil e a remoção de publicações em redes sociais. A peça argumenta que Bolsonaro transformou o discurso na ONU em um comício.
– Bolsonaro mantém a deliberada atitude de confundir as figuras de presidente da República e a de candidato à reeleição ao cargo Isso significa, na prática, que ele utilizou-se das prerrogativas de seu cargo para fazer campanha eleitoral, rompendo com a isonomia na disputa eleitoral – afirmam os advogados de Lula.
SORAYA THRONICKE
Antes mesmo de o presidente Jair Bolsonaro chegar a Nova Iorque, a senadora Soraya Thronicke, candidata do União Brasil à Presidência, também decidiu acionar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para evitar que Bolsonaro possa usar as imagens do discurso em sua campanha eleitoral.
Soraya entrou com uma ação no TSE no domingo (18), dia em que o presidente do Brasil estava em Londres para o funeral da rainha Elizabeth II.
*Com informações da AE