As eleições de 2022 marcaram um forte crescimento da base de políticos conservadores ao redor do país. Votações expressivas, como o record...
As eleições de 2022 marcaram um forte crescimento da base de políticos conservadores ao redor do país. Votações expressivas, como o recorde de 1,4 milhão de votos para Nikolas Ferreira (PL) em Minas Gerais, e a eleição de uma bancada considerável de políticos alinhados ao presidente Jair Bolsonaro(PL) para o Congresso Nacional foram alguns dos destaques do pleito deste ano.
Se, por um lado, o conservadorismo avançou, políticos de esquerda e opositores de Bolsonaro viram seus planos políticos fracassarem e não conseguiram conquistar ou manter cargos eletivos para o próximo ano. Nomes como Marcelo Freixo(PSB), que saíram do Legislativo para tentar alçar voos no Executivo, foram derrotados e ficarão de fora da política a partir de 2023.
Abaixo você confere alguns políticos da esquerda e de oposição a Bolsonaro que não conseguiram conquistar cargos políticos nas eleições deste ano:
MARCELO FREIXO (PSB)
O principal apoiador de Lula no Rio de Janeiro tentou fazer frente a Cláudio Castro (PL) na disputa pelo governo fluminense, mas foi derrotado de forma acachapante pelo aliado do presidente Jair Bolsonaro no estado. Enquanto Castro recebeu quase 60% dos votos válidos, Freixo sequer chegou a atingir metade desse número e ficou com 27,38% dos votos.
ALEXANDRE KALIL (PSD)
O ex-prefeito de Belo Horizonte, apoiador de Lula, não teve chances contra o governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que conquistou um novo mandato após receber mais de 6 milhões de votos, o equivalente a 56,18% dos votos válidos. Kalil obteve apenas 35% e sequer conseguiu levar a disputa para o segundo turno.
MÁRCIO FRANÇA (PSB)
Concorrente ao Senado por São Paulo, Márcio França até contava com uma pretensa popularidade mostrada nas pesquisas de intenção de voto antes das eleições, mas a abertura das urnas mostrou uma enorme diferença entre ele e o candidato eleito, o ex-ministro Marcos Pontes, que teve quase 3 milhões de votos a mais que o pessebista.
ALESSANDRO MOLON (PSB)
O deputado federal se candidatou ao Senado pelo Rio de Janeiro, mas foi derrotado por Romário (PL), que se elegeu para um novo mandato. Enquanto Romário recebeu 2,38 milhões de votos, Molon teve 1,73 milhão de votos e, a partir de 2023, não terá cargo eletivo.
JOICE HASSELMANN (PSDB)
Apoiadora de Bolsonaro em 2018 e eleita deputada federal com mais de 1 milhão de votos na época, Joice mudou de lado e passou a atacar o chefe do Executivo. A postura contrária ao líder foi um dos fatores que contribuíram para que a parlamentar tivesse a votação reduzida para apenas 13 mil votos em 2022 e, com isso, ficasse completamente de fora da disputa por um novo mandato.
ALEXANDRE FROTA (PSDB)
Outro apoiador de Bolsonaro em 2018 que mudou de lado, Frota até tentou uma vaga como deputado estadual na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), mas seus 24 mil votos foram insuficientes para que ele mantivesse um cargo eletivo no próximo ano.
IVAN VALENTE (PSOL)
O deputado federal por São Paulo foi um dos principais opositores de Bolsonaro na Câmara dos Deputados ao longo do primeiro governo do presidente. Fosse nas redes sociais ou no Congresso, os discursos de Valente quase sempre giraram em torno de ataques ao chefe do Executivo. Nas eleições, Valente recebeu pouco mais de 44 mil votos e não se elegeu para um novo mandato.
AUGUSTO DE ARRUDA BOTELHO (PSB)
Apoiador declarado do ex-presidente Lula (PT) e opositor de Bolsonaro, o advogado Augusto de Arruda Botelho ficou distante de conquistar votos suficientes para se eleger como deputado federal. Com seu partido, o PSB, conquistando apenas duas cadeiras na Câmara, os 42 mil votos de Augusto se mostraram insuficientes para que ele alcançasse o cargo eletivo.
ORLANDO SILVA (PCdoB)
O deputado federal e ex-ministro dos governos petistas Lula e Dilma também ficará de fora do cenário político em 2023. Na disputa por uma das cadeiras da Câmara pelo estado de São Paulo, Orlando teve 108 mil votos, mas seu partido não conseguiu votos suficientes para eleger parlamentares.
ROBERTO REQUIÃO (PT)
Com apenas 26,2% dos votos válidos, o petista não conseguiu fazer frente ao altíssimo nível de popularidade de Ratinho Júnior (PSD), aliado do presidente Jair Bolsonaro, que atingiu 69,64% e teve uma das votações mais altas entre os governadores eleitos no primeiro turno.
Por: Pleno.News