O sócio do haras onde o ministro das Comunicações, Juscelino , cria seus cavalos, é funcionário fantasma no Senado. O próprio ministro seria...
O sócio do haras onde o ministro das Comunicações, Juscelino, cria seus cavalos, é funcionário fantasma no Senado. O próprio ministro seria o verdadeiro dono desse haras. As informações foram reveladas por uma reportagem do Estadão publicada nesta segunda-feira (6/3).
Gustavo Gaspar é sócio do Parque & Haras Luanna, em Vitorino Freire (MA). A irmã de Juscelino, Luanna Rezende, também é sócia desse haras e prefeita da cidade. Gaspar é funcionário lotado na liderança do PDT no Senado há dois anos, com salário de R$ 17,1 mil.
Acontece que nenhum funcionário da liderança do PDT sabia quem era Gustavo Gaspar. Além disso, dois dias depois da reportagem procurar o funcionário, ele foi realocado para a segunda secretaria do Senado, comandada pelo senador Weverton Rocha (PDT-MA), compadre de Juscelino.
Segundo a reportagem do Estadão, Gustavo Gaspar foi dispensado de assinar o ponto de frequência. Assim, era a chefia que atestava o trabalho dele
Família
Outros integrantes da família Gaspar já foram empregados por Juscelino. Tatiana Gaspar, irmã de Gustavo, é assessora especial do Ministério das Comunicações com salário de R$ 13,2 mil. O pai de Gaspar, de 80 anos, foi empregado com salário de R$ 15,7 mil na Câmara, quando Juscelino era deputado.
O caso de Gustavo Gaspar se junta a outros escândalos envolvendo Juscelino Filho. Outra matéria do Estadão mostrou que Juscelino usou avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para viajar até um leilão de cavalos.
A coluna do Rodrigo Rangel, do Metrópoles, revelou que Juscelino fez viagem ao Maranhão com o objetivo de defender a contratação de uma empresa específica para receber milhões de emendas que ele próprio destinou ao estado.
Juscelino Filho deve se reunir com o presidente Lula (PT) na tarde desta segunda-feira (6/3). Na semana passada, Lula comentou sobre o caso e disse que se Juscelino “não conseguir provar a sua inocência, ele não pode ficar no governo”.
Informações: Estadão/Metrópoles