O Distrito Federal teve 5.096 casos prováveis de dengue até o dia 13 de janeiro. O número representa um aumento de 435% em comparação com ...
O Distrito Federal teve 5.096 casos prováveis de dengue até o dia 13 de janeiro. O número representa um aumento de 435% em comparação com o mesmo período do ano passado. Além disso, também foram confirmadas duas mortes pela doença no DF, e outras 14 são investigadas.
No mesmo período de 2023 não houve óbitos por dengue. Em todo o ano, foram nove mortes. Segundo Gustavo do Vale Rocha, chefe da Casa Civil do DF, há uma média de 715 casos por dia.
Segundo o levantamento da Secretaria de Saúde (SES-DF), a região administrativa com o maior número de casos prováveis é Ceilândia, com 1.855 notificações, seguida de Samambaia, que apresentou 521 casos prováveis, Brazlândia, com 476 casos e Taguatinga, que registrou 327 notificações.
A pasta já havia orientado que as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) adaptem os espaços de atividades coletivas, como salas de reuniões e auditórios, para hidratação oral e venosa em pacientes com suspeita de dengue.
Vamos tomar novas medidas a partir de agora. A ideia é levar a presença do Estado mais próximo ao cidadão. Vamos criar mecanismos para levar atendimento e tratamento para o cidadão. Além das UBSs, vamos instalar tendas de atendimento, inicialmente em nove regiões, e elas funcionarão das 7h às 19h. Ficarão por 45 dias, a princípio”, disse o chefe da Casa Civil.
O Governo do Distrito Federal (GDF) divulgou novo calendário para a utilização do carro do fumacê em diversas regiões da capital federal.
No próximo fim de semana, sete UBSs vão abrir sábado e domingo, das 7h às 19h. A lista inclui a UBS 1 Riacho Fundo I, UBS 1 Riacho Fundo II, UBS 1 Núcleo Bandeirante, UBS 1 Estrutural, UBS 1 Guará, UBS 2 Ceilândia e UBS 2 Brazlândia.
Além delas, outras 60 UBSs já abrem aos sábados das 7h às 12h e outras 14 unidades realizam atendimentos de segunda a sexta-feira até às 22h. A lista completa está disponível no site da SES-DF.
Sintomas e tratamento
A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O vírus é transmitido pela picada da fêmea do Aedes aegypti, um mosquito urbano e diurno que se reproduz em depósitos de água parada.
Desta forma, o período do ano com maior transmissão da doença ocorre nos meses mais chuvosos. O acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e, assim, para a maior disseminação da doença.
Os principais sintomas da dengue são:
- Febre alta
- Dor no corpo e articulações
- Dor atrás dos olhos
- Mal estar
- Falta de apetite
- Dor de cabeça
- Manchas vermelhas no corpo
Como a dengue é uma doença viral, o tratamento é feito para aliviar os sintomas, por meio da prescrição de antitérmicos, ingestão de líquidos e repouso. Portanto, ao primeiro sinal dos sintomas, procure a UBS ou o serviço médico mais próximo de você. No DF, são 175 UBSs, sendo que 33 delas estão localizadas em zonas rurais.
Prevenção
De acordo com o Ministério da Saúde, o controle do vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção e controle para a dengue e outras doenças. Deve-se reduzir a infestação de mosquitos por meio da eliminação de criadouros sempre que possível e manter qualquer local que possa acumular água totalmente cobertos, impedindo que os ovos do mosquito sejam depositados.
O órgão ressalta a importância também de medidas de proteção individual para evitar picadas de mosquitos devem ser adotadas por viajantes e residentes em áreas de transmissão. “A proteção contra picadas de mosquito é necessária principalmente ao longo do dia, pois o Aedes aegypti pica principalmente durante o dia”, indica o ministério.
O Ministério da Saúde recomenda as seguintes medidas de proteção individual:
- Proteger as áreas do corpo que o mosquito possa picar, com o uso de calças e camisas de mangas compridas
- Usar repelentes adequados e seguros
- A utilização de mosquiteiros sobre a cama, uso de telas em portas e janelas e, quando disponível, ar-condicionado.
Por Jonatas Martins e Alan Rios - Metrópoles