A cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos pediu perdão em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) por ter pichado com batom a estátua ...
A cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos pediu perdão em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) por ter pichado com batom a estátua "A Justiça", localizada em frente a Corte durante o 8 de Janeiro. Ela relatou que agiu no "calor do momento" após um homem ter pedido a ela que terminasse de escrever a frase "Perdeu, mané" no monumento e que não sabia do valor simbólico e financeiro da estátua.
“Na praça, [eu] estava tirando fotos. Achei os prédios muito bonitos. Apareceu esse indivíduo que nunca vi na vida, falando para mim [pichar a estátua], e caí. Eu nunca tinha ido a Brasília”, contou Débora.
A declaração da cabeleireira foi dada em depoimento concedido em novembro de 2024 e que teve o sigilo derrubado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Débora está presa desde 17 de março de 2023, data da 8ª fase da Operação Lesa Pátria.
Veja:
A cabeleireira é acusada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de ter aderido ao movimento golpista para impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
“Eu queria pedir perdão para o Estado Democrático de Direito. Estar aqui me fez refletir sobre muita coisa. O país depende de hierarquias que precisam ser respeitadas. O Estado foi ferido com meu ato. Foi isolado, não pretendo repetir”, disse a mulher.
Decisão do Supremo Tribunal Federal
A Primeira Turma do Supremo iniciou o julgamento de Débora. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, votou para condená-la a 14 anos de prisão por cinco crimes. Flávio Dino acompanhou o voto de Moraes.
No entanto, o julgamento foi suspenso após o ministro Luiz Fux pedir vista, ou seja, solicitar mais tempo para avaliar o caso.
“Eu tenho que fazer uma revisão dessa dosimetria, porque, se a dosimetria é inaugurada pelo legislador, a fixação da pena é do magistrado”, disse Fux.
De quais crimes ela é acusada
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Golpe de Estado;
- Dano qualificado;
- Deterioração do patrimônio tombado; e
- Associação criminosa armada.
- Por: Metrópoles