A deputada federal Helena Lima (MDB-RR) retirou sua assinatura do pedido de urgência para o projeto da anistia aos condenados pelos atos d...
A deputada federal Helena Lima (MDB-RR) retirou sua assinatura do pedido de urgência para o projeto da anistia aos condenados pelos atos do 8 de janeiro, às vésperas de o requerimento ser protocolado na Câmara dos Deputados. Segundo apurou o colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles, a parlamentar é sócia em uma empresa que tem contratos milionários com o governo Lula (PT).
A congressista possui 10% de participação na Voare Táxi Aéreo, de acordo com o que ela mesma declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara e responsável por articular o pedido de urgência, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirma que a deputada não justificou o pedido de retirada de seu nome. Ele crê, no entanto, que ela foi alvo de pressão por parte do governo.
Helena é esposa de Renildo Evangelista Lima, empresário preso pela Polícia Federal com dinheiro na cueca em setembro de 2024 e dono da Voare Táxi Aéreo. Cinco meses depois da detenção, Renildo firmou um contrato de R$ 15,8 milhões com o Ministério da Saúde. O acordo tem duração de 12 meses e envolve serviço de transporte aéreo ao Sistema Único de Saúde (SUS) na região Yanomami, no Norte do país.
Segundo o colunista Igor Gadelha, também do Metrópoles, a Voare já recebeu um total de R$ 610,6 milhões da União, além de ter conseguido isenções fiscais no valor de R$ 11,5 milhões e R$ 3,1 milhões em emendas parlamentares.
O plano de Sóstenes era protocolar o requerimento de urgência na reunião de líderes marcada para o próximo dia 24 de abril. Contudo, para evitar que outros deputados pedissem a retirada de suas assinaturas, ele decidiu protocolar nesta segunda-feira (14).
O pedido de urgência conta com a assinatura de 146 deputados federais de partidos que integram a base do governo Lula. O número corresponde a 56% das 262 assinaturas coletadas. O União Brasil é responsável por 40 delas, seguido por Progressistas (35), Republicanos (28), PSD (23) e MDB (20).
Segundo apurou o colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles
